Se faltou a Mano Menezes experiência como jogador de futebol - foi zagueiro de times amadores apenas -, o novo técnico do Grêmio procurou compensar essa deficiência com muito estudo. Elogiado por dirigentes que trabalharam com ele em clubes do Interior, o treinador recebe aos 42 anos a maior oportunidade de sua trajetória profissional. E também o maior desafio.
O início da carreira de Mano Menezes foi conseqüência de bom trabalho nas categorias de base do Guarani-VA. Depois do vice-campeonato gaúcho de juniores (1996), Mano foi promovido ao time principal em 1997.
- Ele recebeu uma chance pela seriedade e pela competência que demonstrou - lembra o presidente do Guarani, Romeu Sebeneichler, na época supervisor do clube .
Todos que trabalharam com Mano Menezes acreditam que ele esteja pronto para assumir o desafio de conduzir o titubeante Grêmio de volta à primeira divisão. São unânimes em dizer que ele evoluiu bastante em 13 anos. Destacam seu conhecimento sobre o mercado de jogadores e a forma de lidar com os jogadores. É um técnico de comando firme, sem ser autoritário.
Até mesmo o presidente do Inter, Fernando Carvalho, reconheceu a capacidade do técnico, sexta-feira, durante o programa Sala de Redação, da Rádio Gaúcha. Mano trabalhou nos juniores do Inter, onde indicou e ajudou a revelar o atacante Nilmar.
No 15 de Novembro, também deixou as portas abertas, depois de levar o clube às semifinais da Copa do Brasil do ano passado. O gerente de futebol do clube, Alceu Bordignon, atribui ao treinador maior parte do mérito na vitória que eliminou o Vasco, em São Januário:
- Ele usou tudo o que saiu na imprensa do Rio para motivar os jogadores. Diziam que o jogo era um aperitivo para a final do Carioca. Ele é um técnico muito carismático. E também tem sorte.
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Fonte: Zero Hora
Data de publicação: 05/2005