Para quem imaginava uma partida truncada, com o Corinthians na defesa tentando manter a vantagem construída no jogo de ida, o confronto deste domingo no Morumbi foi uma grata surpresa. O que se viu foi uma partida franca, com as duas equipes buscando a vitória. No final, o placar de 2x0 fez justiça ao time que conseguiu organizar melhor as suas jogadas e que contou com todas as suas feras em um grande dia.
O jogo começou com o São Paulo tentando pressionar. Mas diante do confronto equilibrado no meio, não havia predominância de nenhum dos lados. Os dois times foram a campo com três atacantes, o que deixou a partida aberta. No primeiro tempo, o São Paulo teve oportunidades de abrir o placar com Washington, Jorge Wagner e Borges ainda antes dos 25 minutos. Por outro lado, Douglas, de grande atuação no jogo, teve uma conclusão e Ronaldo obrigou Bosco a fazer uma bela defesa, ao completar lançamento de Dentinho.
As principais emoções estavam guardadas para o segundo tempo. Logo aos 30 segundos, Borges acertou a trave do Corinthians ao completar cruzamento da direita. O São Paulo seguiu se projetando a frente para tentar o resultado, mas aos 10 minutos, em uma escapada de Douglas, a bola chegou a Ronaldo, que lançou Jorge Henrique com precisão. Na conclusão a bola explodiu na trave e sobrou para Douglas, livre, empurrar para as redes.
A essa altura só dois gols do São Paulo evitariam a classificação corinthiana. Mas três minutos depois, em mais um contra-ataque, Ronaldo deixou a sua marca e completou a festa. Nos 35 minutos que se seguiram, o que se viu foi o São Paulo tentando a reação e o Corinthians bem posicionado impedindo todas as ações do adversário e ainda criando situações claras para ampliar o placar.
Ao apito final estava sacramentada a decisão entre o Corínthians, que parte para o seu 26º título Paulista e o Santos, que tenta o seu 18º na história e o 3º em quatro anos.
Uma classificação incontestável, construída com a participação de todo o grupo. Para Mano Menezes, a postura do time nos dois jogos da semifinal só foi possível em função da resposta qualificada dada pelos jogadores. "O sucesso das escolhas depende muito do desempenho dentro de campo", comentou o técnico, que completou: "O mais importante é a execução. O técnico tem uma parcela de participação, mas a maior parte do resultado é feita dentro de campo".