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Foto: © Daniel Augusto Jr/Ag. Corinthians.

Empates e empates

Mano comenta os resultados da primeira rodada da Copa do Munda, na África do Sul.
Falei na véspera da expectativa sobre os dois jogos de estreia da Copa e penso que o que vimos no campo de jogo confirmou quase que integralmente a previsão.

Na primeira partida entre África do Sul e México, assistimos duas equipes jogando um bom futebol, buscando a vitória até o último momento, com o México trabalhando mais no campo do adversário, fazendo um primeiro tempo melhor e tendo mais dificuldades no segundo. Sua defesa tentou marcar adiantada, com linha de três, mas teve muitas dificuldades nas bolas longas. Já a África do Sul optou por jogar no contra-ataque, sentiu a responsabilidade de ser anfitriã no primeiro tempo e melhorou no segundo, principalmente a partir da marcação do seu gol.

Jogar no contra-ataque não significa abrir mão de vencer, mas sim escolher uma maneira específica para tentar vencer. Aliás, esta é a maior obrigação de um técnico, a de escolher uma estratégia que, segundo os seus conceitos e conhecimentos, coloca sua equipe mais próxima da vitória. As duas seleções podem se classificar se, nas próximas partidas, repetirem o desempenho da primeira rodada.

Também dentro do esperado, o jogo envolvendo franceses e uruguaios não apresentou um futebol empolgante. Os blues, como são conhecidos nossos carrascos mais recentes, transmitem uma falta de sentimento como se estivessem jogando a Copa por obrigação, e não vejo como mudar isso, já que é um comportamento que se arrasta desde a eliminatória.

Quanto aos uruguaios, tem um bom ataque, uma defesa forte, mas lhes falta a imaginação de um meio de campo criativo ou a passagem de laterais que poderiam facilitar a criação de jogadas em condição de marcar os gols necessários.

O primeiro empate foi emocionante e cheio de alternativas, já o segundo, monótono e óbvio demais.

Amanhã, teremos mais três jogos. Dentre eles, vou destacar o enfrentamento entre Inglaterra e Estados Unidos. Os ingleses, agora sob o comando de Fábio Capello, estão melhores que nas últimas edições do mundial, mas vivem preocupados com a desconfiança interna de, nos últimos anos, não conseguirem confirmar as expectativas. Provavelmente jogarão em um 4-3-3 e dependerão muito de Gerrard e Lampard para municiar o ótimo Rooney e se colocar como um provável protagonista nesta Copa.

Quanto aos americanos, certamente não existe quem, nos últimos anos, tenha buscado com tanta insistência e organização fazer parte do primeiro mundo do futebol mundial. Fizeram uma ótima Copa das Confederações, mas agora serão submetidos à dificuldade extrema. O forte desta equipe é a organização tática e com ela vai tentar superar os concorrentes do Grupo C.

Não se decepcione, foi só a estreia, vai melhorar muito.

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