É impressionante o nível de dramaticidade que tomou conta dos jogos finais da fase de grupos, para algumas seleções. Mesmo sem interesse direto, é quase impossível não se sentir envolvido com as fisionomias desesperadas dos técnicos, jogadores e torcedores nos estádios. Profissionais experientes como Fábio Capello, só para citar um, gesticulando e gritando alucinadamente com a sua “favorita” Inglaterra, no intuito de administrar a escassa vantagem no placar - mas que assegurava a vaga para as oitavas de final.
Como é duro o futebol. Para quem vê escapar, quase que como areia entre os dedos, o resultado de uma partida e consequentemente, a continuidade na Copa.
Como é doce o futebol. Para os ganenses, que, no final do jogo contra a Alemanha, mesmo perdendo, puderam dar a volta no gramado empunhando a bandeira do seu país, comemorando a classificação.
Essa dualidade de sentimentos é o que fundamentalmente move o futebol no coração do torcedor e fazer tudo que for possível para vencer, mesmo que não se obtenha sucesso, é o que deve mover os profissionais dentro do campo.
Assim, ultrapassando adversários e momentos difíceis, vão se formando os verdadeiros campeões. Alguns iniciam a competição com status de favoritos, conquistados por uma campanha mais convincente na preparação. Mas ninguém chega ao título de competição nenhuma, sem passar e se afirmar, na hora decisiva.
Os esportistas têm verdadeira adoração por estes momentos. É como se vivessem para ele e o que diferencia um dos outros, é que os vencedores sempre crescem nessa hora.
O hábito de estar vivendo momentos como esse com mais freqüência, deixa as equipes melhor preparadas e neste aspecto, algumas seleções levam vantagem. Podemos destacar as da Itália, Alemanha e do Brasil, como as que mais vezes viveram momentos decisivos em todas as Copas. No entanto, devem ficar de olho bem aberto, pois pelo que vimos até agora, poderão ser desbancadas por Argentina ou Holanda.
Acompanhe o Blog do Mano em http://manomenezes.blog.terra.com.br
