Quando os franceses foram eliminados, certamente, muita gente justificou o mau futebol apresentado pelo time de Henry aos problemas de relacionamento mostrados entre jogadores e técnico.
Só que hoje tivemos a desclassificação da Itália, ultima campeã, que também se despediu de maneira precoce deste Mundial. Não tenho notícias, até agora, de nenhum fato mais grave que tenha atrapalhado o desempenho dos italianos.
Logo, a eliminação ou seqüência de uma equipe em qualquer competição, deve-se ao seu desempenho futebolístico. A verdade é que nem França, nem Itália, jogaram um futebol capaz de impor respeito sobre nenhum adversário e, hoje em dia, somente tradição não ganha mais.
As exceções vividas pelo Brasil em 2002 e agora pela Argentina, precisam ser vistas com ressalvas. Os dois países são, sem dúvida nenhuma, os dois maiores produtores de talentos para o futebol. E esta condição lhes dá uma capacidade de recuperação em um tempo menor. O normal é fazer uma boa eliminatória, conquistar a classificação e depois completar com uma preparação adequada. Essa seqüência, bem executada, aumenta muito as chances de qualquer equipe fazer uma boa competição. Não foi o que se viu das seleções eliminadas.
Como todos sabem, sucesso só vem antes de trabalho no dicionário. O ditado é batido, mas sempre é bom lembrar. O talento é imprescindível, mas precisa ser colocado à disposição da equipe - e para se formar uma equipe é necessário bem mais do que boas intenções. Vencer no futebol virou um objetivo a ser alcançado por todos os países do mundo e tem gente trabalhando muito para alcançar o sucesso.
Nesta sexta-feira, Brasil e Portugal se enfrentam sem este risco. Jogam para decidir a primeira colocação do grupo e este fato deve minimizar a tensão da partida. Seguirão caminhos diferentes a partir de agora e não devem se encontrar mais.
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