O técnico Mano Menezes não pode contar com Felipe, Ronaldo, Dentinho, Alessandro, Souza e Chicão que sequer viajaram para o Paraná. O time escalado para enfrentar os paranaenses contou com o goleiro Julio César; Jucilei e Roberto Carlos nas laterais, William e Leandro Castán na zaga; Ralf, Elias, Bruno César e Danilo no meio; e a dupla de ataque formada por Jorge Henrique e Iarley.
A falta de ritmo pesou e o Timão iniciou a partida com dificuldades para passar pela forte marcação do Iraty. E foi do dono da casa a primeira chance de abrir o placar. Aos 15min, William ganhou na corrida e tocou por cima do goleiro Julio César. A bola, porém, foi para fora.
Depois do susto, aos 17, Danilo acertou uma cabeçada no travessão. Aos poucos, o Timão se encontrou em campo e passou a dominar a partida. Aos 32min, Jorge Henrique foi lançado e tocou na saída do goleiro Renato para abrir o placar. 1 a 0 para o Timão.
A partir daí, o Corinthians adiantou a sua marcação e segurou o Iraty. Na etapa complementar, logo aos 2 minutos, Roberto Carlos avançou livre pela esquerda e, depois do cruzamento, Bruno César finalizou mal, quando a bola já tinha passado do goleiro. O Timão diminuiu o ritmo e o técnico Mano Menezes aproveitou para fazer algumas modificações.
Edu entrou no lugar de Ralf; Paulinho no lugar de Elias; Bruno César deu lugar a Tcheco e foi dele a melhor chance do segundo tempo quando apareceu livre na frente de Renato, mas chutou em cima do goleiro. Danilo saiu para a entrada de Dodô e Jorge Henrique ainda foi substituído por William Morais. O jogo da final do Torneio Cidade de Londrina acontece no domingo às 16h no Estádio do Café.
Veja abaixo o comentário de Mano Menezes sobre a classificação do Brasil na Copa do Mundo.
Brasil em dois tempos
As previsões que fiz de um jogo mais jogado sem tanta competitividade, estavam erradas. Mesmo com a classificação praticamente garantida para ambas (Portugal só ficaria fora por uma tragédia), as duas seleções fizeram um jogo duro, com lances muito ríspidos de parte a parte, chegando até a extrema maldade – como foi o pisão de Pepe no tornozelo de Felipe Mello.
A Seleção Brasileira fez um primeiro tempo melhor, controlando bem o jogo e obrigando Portugal a se recolher todo em seu campo, deixando somente Cristiano Ronaldo na frente. Este domínio, com mais posse de bola, não foi o suficiente para uma criação mais objetiva e coube a Nilmar e Luis Fabiano as duas principais chances de abrir o placar.
Neste tipo de jogo, onde o adversário se retrai todo em seu campo de jogo, é necessário uma boa dose de calma para rodar bem a bola, até encontrar o espaço certo para infiltração. E essa calma faltou algumas vezes, principalmente no segundo tempo. A velocidade na troca de passes não foi a ideal e os laterais foram muito bem bloqueados. Nilmar, que iniciou bem, ficou muito fixo pela esquerda. Inclusive, fechando a possível passagem de Michel Bastos, que tem como forte o apoio. A projeção de um homem de trás foi executada por Lúcio, quando deveria ser de iniciativa de um volante. O fato, repetido muitas vezes, expôs a defesa para os contra-ataques desejados pelos portugueses. Apesar de ter procurado mais o jogo ofensivo, se projetando muito mais dentro do campo do adversário, o Brasil, que mereceu vencer no primeiro tempo, no segundo correu mais riscos de perder a partida.
Calma, torcedor brasileiro. O que aconteceu é absolutamente normal em jogos de alto nível. Dificuldades como as de hoje irão se repetir, mas o mais importante é classificar-se, ser o primeiro do grupo e seguir na Copa. Não se esqueça que já tem gente grande em casa, só assistindo à Seleção Brasileira pela televisão.
Contra o Chile, vai dar Brasil
O adversário do Brasil nas oitavas é o Chile, que vem com desfalques na defesa. Todo mundo viu que a Espanha não forçou no final. Mesmo assim, os chilenos mereceram a classificação. Ficou de bom tamanho. O Brasil vai para as quartas de final na segunda-feira: podem conferir.
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