As duas partidas de hoje apresentaram resultados normais e, com eles, passaram Paraguai e Espanha, juntando-se aos outros seis selecionados já classificados.
Quando apareceram os primeiros jogadores brasileiros a se destacar mais pela consciência tática, dizíamos que estes jogavam muito bem “sem a bola”. O termo foi alvo, muitas vezes, de gozação porque diziam que era impossível alguém jogar bom futebol sem a bola. Contra esta Espanha, porém, é preciso saber jogar assim, porque os espanhóis tem uma qualidade destacada para mantê-la em seu poder. Para vencer Portugal, hoje à tarde, abusaram deste fundamento e não proporcionaram, nos últimos trinta minutos, nenhuma possibilidade de reação aos portugueses.
Pelo lado luso, ficou a decepcionante atuação de Cristiano Ronaldo – que desde que o transformaram em Ronaldo, não vem jogando muito bem. Penso que o cartaz exibido por aquele torcedor, que dizia que “Ronaldo só existe um”, estava com a razão.
O Paraguai venceu o Japão nas penalidades máximas e chegou a sua melhor campanha em mundiais. Grande trabalho da comissão e jogadores deste elenco que tive a oportunidade de acompanhar, em parte, quando estivemos em Assunção – jogando pela Libertadores, com o Cerro Porteño. Gerardo Martino e sua equipe haviam mapeado detalhadamente os seus primeiros adversários e o árduo trabalho de preparação final foi recompensado.
Das oito seleções classificadas para as quartas de final da Copa da África, quatro são sul-americanas. Considerando o fato de que a Copa está sendo disputada fora do nosso continente, o resultado é mais significativo ainda. Resta conferir, no futuro, se o fato é circunstancial ou confirmará um crescimento real do nosso futebol em relação a outras confederações.
Acompanhe o Blog do Mano em http://manomenezes.blog.terra.com.br