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Divulgação A.M.M.

Acabou o sonho, por hora

"Lembro aqui que o que se fez com Cerezo em 82, Lazzaroni em 90, Roberto Carlos em 2006 e talvez, vá se tentar fazer com Dunga ou Felipe Melo agora, não foi e não será justo: porque no futebol, se ganha e se perde coletivamente."
Terminou a Copa da África para os brasileiros. A trajetória vitoriosa construída por nossa Seleção não nos ensinou a conviver com derrotas como as de hoje, mas é a dura realidade.

O Brasil fez um grande primeiro tempo, mas não conseguiu traduzir esta superioridade em gols e foi para o intervalo com uma vantagem mínima. A parada não fez bem aos brasileiros e a seleção voltou desatenta e sem a mesma dinâmica da primeira metade do jogo.

A Holanda voltou mais adiantada em posicionamento de campo, mas só construiu a virada no placar em cima de erros defensivos brasileiros, o que não era normal até aqui. Os holandeses não fizeram muito para merecer a vitória, mas a Seleção Brasileira fez menos no segundo tempo – e o resultado final em uma partida eliminatória se constrói baseado em pequenos detalhes.

Sou absolutamente contra a intenção de individualizar culpados para justificar uma eliminação. Lembro aqui que o que se fez com Cerezo em 82, Lazzaroni em 90, Roberto Carlos em 2006 e talvez, vá se tentar fazer com Dunga ou Felipe Melo agora, não foi e não será justo: porque no futebol, se ganha e se perde coletivamente. A seleção que chegou até a Copa foi esta, com suas características e foi a mesma que não conseguiu ser campeã. As críticas – que aqueles que analisam futebol têm todo o direito de fazer – farão melhor ao futebol brasileiro se direcionadas às ideias e não tanto às pessoas.

Saímos da Copa de 2006 convictos de que, na preparação final, a Seleção esteve muito exposta e isso foi uma das principais causa do fracasso. O fato teve relação direta com as decisões tomadas para dar mais privacidade a este grupo de 2010.

Provavelmente, depois da África do Sul, vamos chegar ao sempre ideal meio termo, ao qual se chega com sequelas e pagando um preço alto demais.

Uruguai entre os quatro melhores

Foi dramática a classificação uruguaia para a semifinal. O jogo ia se encaminhando para a decisão por penalidades máximas quando, no último minuto, o atacante Suarez salvou o eminente gol ganês com a mão, em cima da linha. Foi expulso e de fora ficou torcendo desesperadamente pelo milagre. E ele aconteceu quando Gyan chutou no travessão. Virou herói porque “Loco” Abreu (louco é pouco) decidiu a vaga na última cobrança pelo lado uruguaio. Copa também é assim. Coração, sorte e “heróis”.

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