A Argentina, que chegou até aqui apoiada principalmente em algumas individualidades, descobriu da maneira mais dura que ainda lhe faltava muito para ser uma equipe. Também podemos retirar algumas contribuições em relação à filosofia de condução de grupo em concentrações para períodos longos, já que Maradona, ao contrário de Dunga, liberou quase tudo para os jogadores argentinos. Para alguns brasileiros apressados, que depois da eliminação diante da Holanda já estavam valorizando demais os comandados de Maradona, vai aquele ditado: nada como um dia depois do outro.
Superação total
Mesmo tendo sido eliminado pela favorita Espanha, os paraguaios saem muito valorizados deste mundial. Fizeram o seu melhor e se Cardozo tivesse convertido a penalidade máxima, na metade do segundo tempo, a história poderia reservar-lhes um posto de heróis nacionais.
Taticamente falando, Gerardo Martino montou muito bem sua seleção, neutralizando muito da qualidade espanhola. A diferença ficou por conta do talento – e convenhamos, ele está presente em maior número no time de Del Bosque.
Falta de critério
Tivemos a oportunidade de assistir a muitos lances violentos nesses jogos decisivos, sem que fossem punidos pelos árbitros – seja apresentando cartões amarelos ou sequer assinalando faltas. Ver um jogador como Mueller ficar fora de uma semifinal por um lance de bola na mão, é duro de aguentar. Cada árbitro continua com seu critério, que em determinadas situações, não é coerente nem no mesmo jogo.