Uma das partidas mais acirradas e disputadas do futebol mundial é Brasil e Argentina e “A-ha, u-hu, a Bombonera é nossa!” foi o som que se escutou na noite desta quarta-feira, no Estádio La Bombonera, em Buenos Aires, ao final de mais um confronto entre as duas equipes. Valendo a taça do Superclássico das Américas, deu Seleção Brasileira, que volta para casa com o bicampeonato do torneio depois de vencer por 4 a 3 nos pênaltis.
Mesmo com a pressão da torcida argentina, a Seleção começou dominando a posse de bola. Trocando passes, o Brasil tentou entrar na área nos primeiros minutos. A resposta hermana veio aos seis minutos, depois do cruzamento na área, Sebá entrou para finalizar e a bola passou tirando tinta da trave do goleiro Diego Cavalieri.
Como clássico é sempre clássico, a rivalidade e marcação forte já tradicionais nas partidas entre as duas Seleções fala mais alto. Em grande lance, Neymar arrancou pela esquerda, deixou para trás três marcadores, mas acabou esbarrando nos zagueiros aos 12 minutos. Com 13, Réver recebeu o primeiro cartão amarelo da partida depois de uma dividida com o adversário.
Mais soltos dentro do gramado, o equilíbrio entre as duas equipes tomou conta do jogo. Mesmo assim, a equipe canarinho conseguia um pouco mais de destaque na criação de jogadas. Com 32 no cronômetro, Neymar recebeu um lançamento de Arouca e, na tentativa de encobrir Orión, acabou tocando por cima do gol. Instantes mais tarde, Thiago Neves recebeu passe de Neymar e tentou acertar o ângulo do goleiro argentino, mas também bateu mal na bola.
O técnico Mano Menezes voltou para a etapa complementar do Superclássico das Américas com a mesma equipe que deixou o campo no primeiro tempo. Entrosados, com dois minutos de bola rolando Fred encontrou Paulinho dentro da área. Na tentativa de acertar de primeira, ele pega mal e a jogada terminou nas mãos do goleiro.
A rivalidade continuou acirrada e, com a pressão de precisar vencer por dois gols de diferença, os argentinos não deram trégua. Aos três minutos, Martínez recebeu de Guiñazu e ficou sozinho na frente de Diego Cavalieri. Sem conseguir dominar muito bem, o goleiro conseguiu a defesa.
Mesmo com a torcida sendo o 12º torcedor argentino, os brasileiros jogando com leveza passaram a dominar a partida e a chegar mais. Thiago Neves tentou o chute de longe e a zaga desviou para o escanteio e, na sequência, ele tocou para Paulinho na linha de fundo. No cruzamento, o volante achou Neymar, que cabeceou sem perigo.
Entre os 18 e 28 minutos, Mano fez três substituições e Fred levou o cartão amarelo. Na primeira substituição, Carlinhos foi chamado para o lugar de Fábio Santos. Em seguida Arouca deixou o campo para a entrada de Jean e Bernard entrou na saída de Lucas Marques.
Com a equipe mais ofensiva, ofensiva o jogo começou a ficar ainda mais com cara de decisão. O clima esquentou quando o juiz marcou penalidade máxima de maneira equivocada num lance em que Jean derrubou Martínez fora da área. Na cobrança, Ignacio Scocco abriu o placar, encaminhando o confronto para a disputa de pênaltis.
Assim como em outros lances de perigo, a resposta adversária veio rápido. Com 38, a defesa argentina afastou o cruzamento, mas Jean pegou a sobra e bateu cruzado. Fred conseguiu o desvio no meio do caminho e empatou, levando vantagem novamente para erguer a taça. Mas, num contra-ataque aos 45 minutos, Montillo partiu pelo meio, foi barrado e tocou para Scocco, que fez o segundo da Argentina.
Com o resultado de 2 a 1 no tempo normal de jogo, a decisão da taça foi levada aos pênaltis. A primeira cobrança foi de Martínez, e Diego Cavalieri conseguiu fazer a defesa. Na sequência, Thiago Neves marcou 1 a 0. A segunda cobrança argentina também foi perdida com o chute de Montillo por cima do gol. A vantagem brasileira veio com Jean convertendo mais uma cobrança, 2 a 0. Sebá abriu o placar para os Hermanos: 2 a 1. Na cobrança de Carlinhos, ele perdeu a chance de marcar. Na cobrança argentina, Scocco fez mais um e Neymar decidiu a partida com categoria, fechando a cobrança de pênaltis em 4 a 3 e trazendo a taça do Superclássico das Américas mais uma vez para o Brasil.
O técnico Mano Menezes escalou a equipe campeã com Diego Cavallieri, Lucas Marques, Rever, Durval e Fábio Santos (Carlinhos); Ralf, Paulinho, Arouca (Jean) e Thiago Neves; Neymar e Fred
