Decisão aberta na final da Copa do Brasil. Em um Maracanã com mais de 66 mil torcedores fazendo uma bonita festa, Cruzeiro e Flamengo empataram em 1x1 na noite desta quinta, levando a igualdade para o jogo de volta, que ocorre no próximo dia 27, no Mineirão. O Cruzeiro persegue seu quinto título no torneio e terá a Nação Azul como aliada. Efetiva na marcação, a equipe do técnico Mano Menezes soube controlar o ímpeto do Rubro-negro em uma partida bastante disputada do início ao fim. Paquetá, em posição irregular, marcou para os donos da casa e Arrascaeta fez o gol de empate que deixa tudo para ser decidido em Minas.
O primeiro tempo foi equilibrado, com maior posse de bola do Flamengo, mas com um Cruzeiro bem postado em seu campo, mostrando organização no sistema defensivo e apostando nos contra-ataques. Após jogada de Thiago Neves pela esquerda aos 6 minutos, que acabou em chute raspando o travessão do goleiro adversário, o rubro-negro respondeu com sua primeira chegada perigosa em cabeçada de Berrio para boa defesa de Fábio. Na sequência, nova chegada do Maior de Minas em chute rasteiro de Robinho para defesa do goleiro Thiago. Aos 26, mais uma grande defesa de Fábio em cabeçada de Arão. O Flamengo insistia no meio de campo, mas a defesa celeste não dava muitos espaços. Fábio voltou a aparecer em defesa sem dificuldades para um chute do meia Diego, aos 37. Aos 47, o árbitro ergueu o braço e as equipes se encaminharam ao intervalo.
A segunda etapa iniciou com o Cruzeiro partindo para cima, com duas jogadas de Thiago Neves a 1 e 3 minutos, mas com dificuldades de conclusão. Aos 9 minutos, Rafael Sobis cometeu falta e levou o amarelo, que o deixa de fora da partida de volta. Aos 12, Diogo Barbosa avançou bem pela esquerda e tocou para a finalização de Alisson, exigindo um milagre do goleiro adversário e animando ainda mais a Nação Azul no Maracanã. Bem marcado no meio de campo, o Cruzeiro tinha dificuldade de subir ao ataque, enquanto ao Flamengo faltava objetividade nas chegadas. Aos 26, chegada dos donos da casa com dois bons chutes, mas a bola parou no arqueiro celeste. Aos 28, Mano Menezes colocou o meia Rafinha no lugar de Alisson.
Transcorridos 30 minutos do segundo tempo, após bola desviada no braço de Arão, Fábio fez grande defesa e a bola sobrou para Paquetá que, em posição de impedimento, abriu o placar para a equipe rubro-negra. Mano, então, chamou Arrascaeta para a vaga de Thiago Neves, e a mudança logo surtiu efeito: aos 38, o meia uruguaio se antecipou à defesa, pegou rebote de um chute de Hudson, de fora da área, e tocou para a rede, empatando a partida e fazendo a festa do torcedor cruzeirense, que cantava “o Maraca é nosso!”. Com 4 minutos de acréscimo, o Cruzeiro ainda chegou com perigo duas vezes no final do jogo. Na primeira, Arrascaeta, de bicicleta, acabou tocando por cima do gol. Aos 48, a última chance, Rafinha ajeitou para Robinho bater cruzado para fora, finalizando a partida com o empate em 1x1.
Após o jogo, o técnico celeste deixou claro o quanto a equipe conta com o apoio do torcedor do Cruzeiro para a partida de volta. “Saímos daqui com um bom resultado, que leva a decisão para a nossa casa, que era o mínimo que viemos buscar, então em parte saímos satisfeitos. Mudaremos de estádio e mudaremos a cor da torcida, o que faz bastante diferença”, disse Mano, que completou: “O adversário teve a competência de fazer (um jogo) bem feito, e em grande parte pelo apoio de seu 12º jogador, o torcedor que lotou o Maracanã e empurrou o time”.
O resultado deixa tudo aberto para a partida de volta. Com a mudança na regra para as finais, sem o saldo qualificado, quem vencer em Belo Horizonte levanta o caneco. Em caso de empate, decisão nos pênaltis. Mano Menezes levou o time do Cruzeiro ao campo em um 4-2-3-1 com a seguinte escalação: Fábio; Ezequiel, Léo, Murilo e Diogo Barbosa; Henrique, Hudson, Robinho, Thiago Neves (Arrascaeta) e Alisson (Rafinha); Rafael Sóbis (Raniel).